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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A clássica foto dos Beatles

08 de agosto de 1969 - É Tirada a clássica foto dos Beatles 

para a capa do álbum Abbey Road.

Foto: Iain Stewart Macmillan

Eu cresci acreditando que os Beatles era algo normal como o ar que respiramos ou o vento que ainda bate nas folhas das árvores. Sei lá se a comparação é possível. Mas influenciado por minha mãe cresci na roça ouvindo Tião Carreiro e Pardinho, dupla caipira que mais influenciou uma geração de violeiros e tantas outras coisas boas como a "Sinfonia nº 40" de Mozart e outras coisas não muito boas que não vou citar pra não criar confusão caso ela resolva a ler este post.

Em outros dias quando "a coroa" estava inspirada, colocava algo divertido e que trazia um bem estar pra dentro de casa. Então aprendi que aquilo que eu ouvia, descobrindo mais tarde que era os quatro cabeludos de Liverpol me fazia um bem danado. Era como ouvir os passarinhos lá no quintal.

Então, inspirado por esta nostalgia dos Beatles resolvi publicar uma historinha sobre uma das fotos mais interessantes da banda. Vale a pena dar uma olhada!

"Uma das mais conhecidas fotos dos Beatles foi tirada em um dia como hoje, no ano de 1969, pelo fotógrafo escocês Iain Macmillan. Foi uma sessão de apenas dez minutos, do lado de fora dos estúdios Abbey Road, e Macmillan tirou, no máximo, oito fotos. 

Na capa do LP, os Beatles estão atravessando uma faixa de segurança a poucos metros do Estúdio Abbey Road, rua que ficou marcada para sempre para os fãs. A imagem serviu para alimentar rumores e teorias de que Paul estaria morto, vítima de um acidente de carro em 1966.

A foto conteria supostos "elementos" que dariam força ao rumor da morte de Paul, então com 27 anos. De acordo com teorias, na foto, ele está fora de passo com os outros, de olhos fechados, e o cigarro está na mão direita, apesar de ser canhoto. 

Além disso, a placa do fusca (em inglês beetle), que aparece ao fundo, tem placa com letras "LMW", o que significaria "Linda McCartney Widow" ou "Linda McCartney Viúva". O homem de pé na calçada, à direita, é Paul Cole, um turista norte-americano, que só se deu conta que estava na capa do disco quase um ano depois.

Abbey Road foi o 12° álbum lançado pelos Beatles, lançado no dia 26 de setembro de 1969. O nome do álbum leva o mesmo nome da rua de Londres, onde está o estúdio Abbey Road. Apesar de ter sido o penúltimo álbum lançado pela banda, foi o último a ser gravado."

E pra quem não conhece o álbum coloquei aqui pra darem uma olhada. E pra quem é um profundo admirador tá aí para conferir e matar um pouco a saudade. Ou será que ela é só minha? Bora lá ouvir "Here Comes the Sun"


O texto entre aspas foi retirado dia 26/09/2013 às 20:05 de:
http://fatosdesconhecidos.com.br/post/08-de-agosto-de-1969--e-tirada-a-classica-foto-dos-beatles-para-a-capa-do-album-abbey-road/229

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Antunes Filho, o homem do teatro brasileiro

Entrevista: Antunes Filho e seu novo espetáculo "Nossa Cidade" e provoca: “Eu estou de saco cheio dos musicais da Broadway”

Com fama de diretor rígido e exigente, um artista de teatro no sentido literal da palavra, Antunes Filho, o respeitado e importante homem do teatro brasileiro.

Sempre tive interesse pelo seu processo criativo e modo de tratar o teatro. Vários foram os importantes atores que passaram por sua supervisão. Entre eles destacam-se Luis Melo, Giulia Gam, Gloria Menezes, Paulo Autran e muitos outros. Muitos importantes espetáculos fizeram sucesso com sua direção, o mais notável foi Macunaíma da obra de Mário de Andrade de 1978. Aqueles que desejam enveredar pelo teatro de forma séria e inteligente, com pés fincados na crítica do trabalho do ator como artista criador e consciente de sua função recomendo passar pelas idéias de Antunes Filho.
Portanto apresento uma entrevista feita por Miguel Arcanjo Prado com diretor do CPT - Centro de Pesquisa Teatral com sede no SESC Consolação em São Paulo. Na entrevista Antunes Filho fala de seu mais novo espetáculo. "Leiam com toda a calma do mundo"

Por Miguel Arcanjo Prado
Fotos de Bob Sousa
Antunes Filho [abrindo a entrevista] – Fale à vontade, Miguel!
Miguel Arcanjo Prado – Antunes, por que você resolveu montar Nossa Cidade?
Antunes Filho – Resolvi montar porque é uma peça que eu ia começar como ator, como Osmar Rodrigues Cruz [1924-2007, diretor e crítico teatral], mas a peça não foi montada. Quando eu a vi, era feita por estudantes, achei incrível, me comoveu. Por isso, eu queria fazer com o Osmar. Mas foi adiando, adiando e tchau... A peça é extraordinária. Pega a simplicidade de gente, de pessoas, das coisas mínimas, pequenas, e dá um relevo muito grande.



Em que este texto norte-americano de 1938 dialoga com o Brasil de hoje?
A peça dialoga na dramaturgia que eu fiz paralela, ou cruzada. Tem a peça do Thornton Wilder e a dramaturgia do CPT com a qual esta se cruza permanentemente. É como se fosse um diálogo nosso com o Thornton. É uma reconstrução. Aí está a chave do espetáculo. A peça dialoga com o mundo, não só com o Brasil e São Paulo. Tem valores e ideologias, do começo do século 20, de como foi constituído aquilo e como a coisa resulta no mundo hoje em dia. O espetáculo é crítico e bastante irônico, mas muito amoroso, simultaneamente. É nossa formação cultural também, do Brasil lá atrás, com a coisa do cinema americano, etc e tal.
Você tem fama de ser muito rigoroso. Os atores têm medo de você?
Não. Agora, nós estamos rindo juntos [risos].
Mas por que você ficou com essa fama?
Sabe por quê? Ontem, eu estava falando que a profissão mais linda do mundo é a profissão do ator. Eu acho. Porque ele pode viver mil vidas. É mitopoese para ele estar sempre no inconsciente coletivo. O ator navega nos inconscientes coletivos do mundo, entendeu? Então, ele pode ser o que quiser, como ele quiser. E os caras, quando vêm para o teatro, não vêm com essa ideia, vêm com a ideia de fazer teatro só para ganhar dinheiro. E sou muito exigente! Muito bem. E essa frase eu fiz antes de ontem: se eu critico os atores terrivelmente, os atores do teatro aí fora, como é que eu não vou criticar os meus? Eu critico muito os meus. Às vezes, eles pensam que eu estou criticando só os lá de fora; não, eu estou criticando os meus, permanentemente. Quero que eles tenham uma profunda técnica. Nós temos de fazer o produto e não ficar somente com aquilo que vem da terra. Eu quero que se produza. E o ator tem de produzir. O ator tem de ter técnica, técnica, técnica [enfático] De boa vontade eu estou com o saco cheio de ver. Eu quero ver é técnica! Porque se você não tem técnica, você explicita outra coisa, não aquilo que tem de explicitar, e nem se dá conta. Não quero mais ator como matéria prima, sabe? Eu quero ator como produtor, que pegue a matéria prima e faça alguma coisa com a matéria prima. Chega do pré-sal!
É verdade...
O que nós gastamos com o refinamento lá fora, bicho? A nossa dívida é gigantesca nisso! Vai pilhar sapo, pô! Se bem que pilhar é melhor do que empilhar sapo...
Antunes, para onde o vai o teatro brasileiro?
A pergunta não é “para onde vai o teatro brasileiro?”. É “para onde vai o teatro no mundo?”! Esta que é a questão. Está uma falta de dramaturgia, os atores estão mais preocupados só com dinheiro. Aliás, o mundo está preocupado só em correr atrás da grana. Se matando, se jogando, se suicidando. Essa história de consumo está enchendo o saco, pô. Não aguento mais! O ator também vive isso de uma forma violenta. Lá se foi o modernismo, já se foram certos valores, não tem mais aquilo. É pé no acelerador e vamos nessa!
Você acha que o Danilo Santos de Miranda [diretor regional do Sesc São Paulo] seria um bom ministro da Cultura?
Acho que ele seria genial como ministro da Cultura, mas eu não quero. Quero que ele fique com a gente aqui no Sesc. Aqui ele pode navegar sossegado. Lá em Brasília, ele vai ser comido por todos aqueles tubarões mensalistas, né? Haverá muita gente enchendo o saco dele. Aqui não tem isso.
Você já falou certa vez em ter peixes-guias sempre entre seus atores... Quem é o atual?
É ele [aponta para Leonardo Ventura, que acompanhou a entrevista]: o Leonardo Ventura. Ele é quem está sendo hoje. Ele faz muito bem o narrador em Nossa Cidade.
De onde veio elenco de Nossa Cidade?
Metade do elenco veio do CPTzinho [curso de introdução ao método de Antunes Filho no Sesc Consolação] deste ano. A outra metade foi duro de conseguir. Por isso, foi muito adiada a peça. Porque foi muito difícil encontrar tipos aproximados para os personagens. A peça, apesar de ser épica, vive de um “naturalisminho” que necessita de tipos próximos do pai, da mãe, do sobrinho [risos] Precisa de certas características. Eu tentei fazer um espetáculo com esses garotos que se passava no Oriente Médio e ficou uma porcaria. Eu desisti! Nunca mais! Não dá para fazer a olho mais. Você sabe, não somos uma companhia profissional, é uma cooperativa, tem de se virar com o que tem. Atores profissionais, como o Mateus Carrieri, têm de entrar com a boa vontade. Foi um sofrimento encontrar tipos aproximados, e não só aproximados, mas que soubessem também andar, falar, ouvir, essas coisas [risos].
E como foi a entrada do Mateus Carrieri no CPT?
O Mateus era para ter trabalhado comigo e não conseguiu. Ele se arrepende disso amargamente até hoje, ele mesmo faz questão de dizer. Acho que diz para me agradar. [em tom de brincadeira] Não fez a peça comigo e saiu para ficar por aí, rodando bolsinha nas esquinas... [risos]
Então, a volta dele é como a de um filho pródigo?
É isso aí, o Mateus é um filho pródigo! E bem pródigo.. [risos].
Qual a importância do Emerson Danesi [braço direito de Antunes no CPT]?
Sem ele, eu não poderia ensaiar. O Emerson é o respaldo, é o meu escudão. É o escudário!... [mudando de assunto] Você quer ver o cenário?


Quero.
[Antunes mostra a sala de ensaio vazia, com cortinas pretas ao fundo] É exatamente isso aí que você está vendo, Miguel. Esses panos pretos aí. Basta de alta tecnologia! Eu estou de saco cheio desses musicais da Broadway. Dessa alta tecnologia, porque quero ver teatro e fico vendo outra coisa, tendo experiência. Se quisesse ver lâmpada e fio eu iria a um museu industrial. Eu estou cansado disso! Quero teatro, quero o ator de volta à sua função primitiva...
Você acha que está todo mundo saturado disso, Antunes?
Pelo amor de Deus! O público está de saco cheio da tecnologia. Isso está enchendo o saco. O que tem nessa peça, Nossa Cidade, é exatamente este recado. Por isso, ninguém vai assistir duas vezes só essa peça. Vai assistir mais. Ela me deu muito trabalho e eu pude aprofundar uma porção de coisas, os signos.
Você está apaixonado pela peça?
Eu gosto imensamente dessa peça. Eu me comovo sempre que vejo. E me comove esse embate Thornton Wilder com o que fizemos, que é discutir uma ideologia americana para o mundo. É muito intrigante.
Seus ensaios foram todos secretos?
Não deixei ninguém ver o ensaio, nem meus amigos. Quero pegar vocês de surpresa e ver o que acontece. Estou jogando minhas fichas todas neste espetáculo. As pessoas pensam que eu simplifiquei. Eu estou simplificando sempre o teatro. Quanto mais simples melhor. Mas a complexidade está aí. Do ponto de vista de colocação de cena é um dos espetáculos mais simples e bonitos que eu fiz. Se quiser discutir semiologia, tem aí espaço para discutir à vontade. E tem coisas curiosas: como é que corporifico o vazio, o silêncio, a ausência. Isso é interessante.
É complexo, então.
Tem uma complexidade, porque são duas peças. Tem ele falando, o Thornton, e temos nós falando. Ele viveu em uma época em que ele não tinha o instrumental cultural que temos hoje para discutir sua realidade. Assim como discutimos os alvores da Republica Brasileira em Policarpo Quaresma [espetáculo de 2010], agora estamos discutindo os alvores de uma ideologia que vai se propagar pelo mundo, e como! Isso está sendo colocado no espetáculo. É interessante também que o narrador do Thornton é um ser passivo, e o nosso é ativo. Ele é o homem que vem de longe, teve uma experiência imensa e vai contar sua experiência através do texto do espetáculo, e ele conta as experiências da vida dele junto. E isso dá um embate muito rico.
Dá para ver que a peça mexe com você, Antunes.
É um espetáculo comovente. É coisa rara isso em ume espetáculo meu. Acho que só O Diário de Anne Frank [espetáculo de 1958] era comovente assim. [fica com os olhos cheios de lágrimas]. É um espetáculo que mexe com minha sensibilidade, é inteligente, é um dos mais complexos espetáculos que fiz. Eu me comovo até nos ensaios. E você sabe que eu não gosto muito de ficar vendo ensaio. Mas deste eu vejo tudo. Neste ano, que estamos comemorando o 35° aniversario de Macunaíma [montagem emblemática de Antunes de 1978], este espetáculo é importante. Estou colocando todas as fichas em cima.
Esse recado você buscava desde que pensou a peça no Oriente Médio que não deu certo há dois anos?
Aquela da molecada fazendo muçulmano não dá! [risos] É muito difícil para mim encontrar uma peça com o que eu quero dizer no teatro; quero mostrar os problemas do homem mais profundos. É muito difícil você encarar isso. Por isso, eu fui para Oriente Médio e depois para Nossa Cidade. Estava buscando algo mais abrangente, não só individual e particular. Quero dizer coisas mais amplas no teatro, sem fazer molecagem, compreende? Com responsabilidade. Não é simplesmente ver Nossa Cidade bonitinha. Tem isso, que é comovente, mas também tem outras coisas. É um prato recheado para a plateia, é uma hora e meia para se abastecer até o Natal e o Ano-Novo [risos].
Antunes, como você recebeu a saída do [ator] Lee Taylor do CPT [que criou o Núcleo de Artes Cênicas do Centro da Cultura Judaica de SP]?
Quem?
O Lee Taylor.
Ah, ele não saiu.
Não?
O CPT se espalha. É uma mancha de óleo. Você vai no Nordeste, na Bolívia, tem gente do CPT. Ai, meu deus do céu! Você vai para Nova York, também tem. Sempre tem por aí gente que fez o CPT.
Mas pergunta que todo o teatro brasileiro quer saber é: você tem mágoa do Lee?
Já inventaram que eu tinha mágoa com o Luiz Mello, com a Giulia Gam, com a Gloria Menezes, com o Paulo Autran, e essa aí foi forte... Com o Jardel Filho... [mudando de assunto] Olha, eu aposto que as pessoas vão gostar muito de ver essa peça.
Antunes, nesta sexta eu fui ver o Vestido de Noiva dirigido pelo Eric Lenate, que também saiu do CPT. Os atores gritavam e eu sei que você detesta grito no teatro. Acha que essa é uma provocação de discípulo ao mestre?
Ele tem a maneira dele, o jeito dele.... O Lenate trabalha como ator nessa peça aqui no Sesc [Nosferatu]. Ele falou que quer sair do escuro, mas ele não pode sair do escuro [Lenate vive um vampiro na obra]. Ele está ótimo, o problema é que a peça ele fez em um mês... Agora, essa aí que você foi ver, Vestido de Noiva, dele como diretor, eu não vi. Eu precisaria ver para saber por que é que está todo mundo gritando desse jeito que você falou [risos].
Então, para acabar: como fica o Prêt-à-Porter [tradicional série de cenas curtas desenvolvidas pelos atores que trabalham com Antunes]?
Por enquanto está meio parado. Nossa Cidade é esse novo rumo que te falei, que eu estava procurando, primeiro com os árabes e agora com o Thornton. É um caminho novo. Não sei se volta o Prêt-à-Porter. Eu só sei é que é preciso dar vazão a coisas novas.

 O diretor Antunes Filho posa com Leonardo Ventura (à esq.), protagonista de Nossa Cidade e seu novo pupilo: "É preciso dar vazão a coisas novas", declara

Nossa Cidade
Quando: Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h. 90 min. Temporada de fim indeterminado
Onde: Teatro Anchieta do Sesc Consolação (r. Dr. Villa Nova, 245, Vila Buarque, Metrô Santa Cecília, São Paulo, tel. 0/xx/11 3234-3000)
Quanto: R$ 32 (inteira); R$ 16 (meia-entrada): e R$ 6,40 (comerciários e dependentes)
Classificação etária: 12 anos

Fonte: http://entretenimento.r7.com/blogs/teatro/


domingo, 8 de setembro de 2013

Palmas, Pés e Viola - O catira no triângulo mineiro

O Catira

(Catira - Helena Coelho)

     A "Catira", também conhecido como cateretê, é uma dança do folclore brasileiro ao som da viola caipira, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos ou catireiros, como são chamados. De origem ainda pouco conhecida, com influências indígenas, africanas e européias, a catira ou "o catira" tem coreografia executada na maioria das vezes por homens (boiadeiros e lavradores) e pode ser formada por seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam normalmente no rítmo do recortado. Há no Brasil danças com semelhanças muito parecidas como o fandango, lundu e curraleira, mas todas se distinguem entre si pelas suas características próprias e distintas. Até mesmo a coreografia da catira apesar de parecer semelhante varia bastante em determinados aspectos, havendo diferenças nitidas de uma região para outra. 

"Palmas, Pés e Viola - O catira no triângulo mineiro" é um documentário selecionado e participante do 1º Festival Integração de Documentários. O concurso organizado pela TV Integração, selecionou um roteiro inédito que foi produzido pelas estudantes de Comunicação, Mariana Goulart Hueb, Nayla Gomes, Larissa Rosa Netto juntamente com a equipe de jornalismo da emissora. O resultado deste trabalho pode ser admirado através de cinco capítulos distribuídos em três vídeos que resume as apresentações e o desempenho de cada grupo de catireiros. São demonstrações de catireiros de Ituiutaba, Uberlândia e de Uberaba. Depoimentos e demosntrações de amor e dedicação a uma manifestação tão linda e interessante e pouco conhecida como muitas manifestações folclóricas do Brasil. 

 (O Catira Feminino - Helena Maria Boaretto Paula Vasconcelos - Uberaba – MG, 1949 - Acrílica sobre tela - 50 × 70 cm)

 Sendo executada na maioria das vezes por homens, "o catira" no triângulo mineiro demonstra suas mudanças e adaptações. Como o aprendizado da viola, ainda hoje passado de pai para filho, vem tendo participações especiais de crianças, mulheres jovens e mulheres da melhor idade, tornando a dança mais linda e atraente.

O documentário apresenta depoimentos de Gilberto de Andrade Rezende, Alexandre Saad, Carlos Augusto Queleu, Wosley Torquato, Lindomar Antonio, Romeu Borges e Romeu Borges Junior.  Guilhermina Vilela Mendes, Rosina Sanchez, Jane Rodrigues Alves, Jessica Ribeiro, Tarciso Manuvei, Lidiane Costa, Renato Dias e Faustino e de outros importantes nomes. 

 Confira e conheça um pouco dessa arte centenária do triângulo mineiro! Lindas imagens! 

É lindo de ver!


Palmas, pés e viola - o catira no Triângulo Mineiro Parte 1, 2 e 3




Palmas, pés e viola - o catira no Triângulo Mineiro Parte 4




Palmas, pés e viola - o catira no Triângulo Mineiro Parte 5



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Berna Reale: Vazio de Nós

 
Foto: Leandro Franco Minervino

Quero dar uma dica de arte e de artista que venho admirando cada vez mais ao adentrar em um mundo de criação e expressão catártica. É impactante ver suas performances apesar de ter visto somente através de alguns poucos vídeos. Suficientes para saber que estamos diante de uma artista comtemporânea das mais valiosas. Simples pérola em um mar de violência aguda contra o homem, seu espaço, suas idéias e contra ele próprio. Berna Reale nos mostra isso através de fotos e vídeos com imagens simbólicas e intrigantes. Convido todos a conhecer sua arte, sua alma e compartilhar emoções e um conhecimento reservado somente aos bruxos e feiticeiras e alguns poucos filósofos sensíveis às nuances do comportamento humano. Aproveito e estendo o convite à sua exposição "Vazio de Nós" que estará no MAR (Museu de Arte do Rio) até o dia 08 de Dezembro de 2013. Conheça um pouco a sua arte. Aproveite!

 

 
Foto: Leandro Franco Minervino  

"Berna Reale reflete sobre o mundo e a vulnerabilidade humana. Sem ser uma jovem artista, ela há pouco vem despontando fora de Belém do Pará, onde vive e trabalha. Formada em licenciatura em artes, Reale é também perita criminal, atividade infiltrada no tecido social que concretizou a problemática da dicotomia centro/periferia como o tema da sua obra." 

 

Foto: Janduari Simões  

Assim, Vazio de Nós critica as injustiças e desassistências sociais que produzem um enorme contingente de indivíduos sem sonhos, habitantes de zonas marginalizadas constituintes de uma geografia global da exclusão.

 

 Foto: Ernani Sousa


 Esta individual traz ao MAR cinco performances para vídeo realizadas entre 2011 e 2013 em Belém. Sem/Título, Palomo, Ordinário, Soledade e Americano são obras dedicadas às vítimas de abusos de poder; de comandos de extermínio; aos encarcerados; aos que enlouquecem na indigência social, nas ruas ou nas mãos do Estado.


 Foto: Janduari Simões

Berna Reale
Berna Reale estudou arte na Universidade Federal do Pará. Entre as exposições de que participou destacam-se Bienal de Cerveira, 2005; Bienal de Fotografia de Liège, 2006, From the Margin to the Edge, na Somerset House, Londres, 2012; e Amazônia – Ciclos da Modernidade, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2012. Recebeu o Grande Prêmio do Salão Arte Pará, Belém, 2009, e foi selecionada pelos programas Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2012-2013 e Pipa 2012-2013. Vive e trabalha em Belém

SERVIÇO:
Exposição:  "Berna Reale: Vazio de Nós"
Datas 03/09/2013 a 08/12/2013 Horário: De terça a domingo, das 10h às 17h. Às terças-feiras, o MAR é gratuito para todos. 
Local: MAR - Museu de Arte do Rio -Praça Mauá, 5, Centro - CEP 20081-240 -Rio de Janeiro/RJ -(21) 3031 2741