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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

No amor – Por Giselle Batista

Veja o que a atriz Giselle Batista nos conta sobre trabalhar de graça e por amor a arte. Claro que o ator que se valoriza, se qualifica sempre e possui qualidades singulares estará sempre a frente e almejado por um mercado cada vez mais carente de bons artistas. Nós atores que buscamos um lugar ao sol passamos por isso. Cabe a nós avaliarmos as circunstâncias, o nosso valor diante da proposta e escolhermos os caminhos. É um ato de aprender a trilhar o caminho das pedras. Vale a pena ler:
Foto: Du Machado
No amor – Por Giselle Batista
"Quem aqui é ator sabe bem o que vou contar. E não é nenhuma história que se passa num mundo distante não. É o que acontece no nosso mercado de trabalho, em especial no Rio de Janeiro, que é onde conheço mais. Muitas vezes nos chegam propostas de trabalho nesse lugar: oi, é uma série muito legal, mas baixíssimo orçamento. O fulano de tal não vai ganhar nada, vai fazer no amor. O ciclano também. Vai ser uma grande visibilidade pra você, uma super oportunidade. Sejamos sinceros: isso não é uma proposta de trabalho, é um pedido de ajuda. Com sorte, é uma parceria.
Vamos aos pontos: claro que já fiz muita coisa de graça e ainda posso fazer quando desejar, mas ninguém deveria te convidar como se estivesse te ajudando. Quando se está muito no início da carreia, ok. É bom se experimentar, ganhar horas de voo, ter um material de trabalho com várias opções. Mas isso não pode virar rotina. Não mesmo. Já não gosto quando vem com a história de que fulano de tal faz sem receber. Ninguém é obrigado a ter a mesma condição de vida que o outro. Muita gente tem na família uma estrutura super sólida que até lhe permite ficar sem receber alguns meses, outros não. A comparação não pode ser um ponto de partida. Trabalhar de graça não é uma questão de amor à arte.
Raras vezes vejo equipe técnica trabalhando de graça, maquiagem, figurino. São sempre os atores que devido à alta competitividade decidem abrir mão do salário para não perder o job. Você não recebe, libera seus diretos de imagem forever and ever, e se a obra for vendida você não ganha nem uma jujuba. Estranho esse trabalho. Para ser sem cachê todo mundo deve ser um pouco dono do projeto. Caso ganhe alguma verba, tem que ser repartida para todos. Ou investidas na melhoria do trabalho, de forma que todos se sintam mais estimulados com melhores estruturas. Mas o que vejo se repetir são produções que não pagam atores, o projeto dá certo e eles substituem por um outro ator que goste mais (pagando, é claro).
Pra entrar num projeto sem grana você tem que amar as ideias, se identificar com a equipe. Associar-se. A fim de que ele seja também seu. Você vai recusar outros compromissos que surgirem e vai se dedicar para que o resultado seja o melhor possível. Um diretor iniciante que você ama e muito acredita, um texto que você sempre quis falar, o elenco mais afiado que já viu, um personagem para o qual ninguém te escalaria. Essas coisas. Formar uma trupe que todos estejam investindo seu suposto cachê no filme, no projeto. Ator não recebe, todos não recebem. Projeto ganha, todos ganham. É o mínimo para que se possa pensar em embarcar.
Não se trata de ter amor ou não. Faço sempre com amor, faço quase nunca de graça. Tomara que a competitividade não desvalorize nosso trabalho. Acredito em qualidade e devemos cobrar de acordo com o que oferecemos. Não é barato fazer cursos, especializar-se. Não é barato viver e estar disponível para trabalhar no Rio de Janeiro. Infelizmente as contas do fim do mês não são pagas com amor."

             Giselle Batista é atriz
       (Foto: Sergio Baia / Divulgação)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Uma mensagem de Deus.

O filósofo Baruch Spinoza, nos deixou alguns conselhos para serem vividos, "ditos" por Deus. 

Se trata de um breve texto atribuído a Spinoza utilizando sempre a primeira pessoa em que coloca na boca de Deus palavras que deveriam ser entendidas e guardadas pelos homens para viver a verdadeira religião.

Se são realmente de Bento de Spinoza não se pode afirmar com certeza. Mas vale muito a pena ler e saber do conteúdo.

DEUS SEGUNDO SPINOZA

Foto: Du Machado

“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade
fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo
o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem,
no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos,
de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar
a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar,
que só geram culpa em ti.

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida,
que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada,
terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste,
se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias
teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui,
que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

Baruch Spinoza (1632-1677)
Baruch de Espinoza nasceu dia 24 de novembro de 1632 em Amsterdã. Foi um dos grandes filósofos racionalistas do século XVII na chamada Filosofia Moderna juntamente com o filósofo francês René Descartes e o filósofo alemão Gottfried Leibniz. De origem judaica portuguesa a sua família fugiu da Inquisição de Portugal. Era chamado pelos pais de Bento. Foi um profundo estudioso da Bíblia, do Talmude e de obras de judeus como Maimónides, Bem Gherson, Ibn Ezra, Hasdai Crescas, Ibn Gabirol, Moisés de Córdoba e outros. Também se dedicou aos estudos de Sócrates, Platão, Aristóteles, Demócrito, Epicuro, Lucrécido e também de Giordano Bruno. Chamou-se Baruch enquanto que judeu nascido e vivendo em Amsterdã, utilizando Benedictus para assinar a sua Ethica depois do chérem em seu nome. Benedito Espinoza faleceu dia 21 de fevereiro de 1677 em Haia.
 



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Descobrindo Salamanca - Espanha - PRIMEIRA SEMANA

Descubriendo Salamanca - España
 Edifício de Aulas Juan del Enzina
DIA 11 DE AGOSTO (SEGUNDA) Foi osso acordar depois de uma noite quase toda em claro! Com reunião informativa marcada para as 08:00 horas no Edifício Juan del Enzina, na Plaza de Anaya fomos recebidos por Carmem Mota, responsável pela recepção dos alunos e organizadora das atividades acadêmicas. Depois tivemos uma prova de classificação e nivelamento as 09:00 horas com uma curta duração. Pra quem não dormiu direito e estava cansado imaginem como me saí!

 Até que fui melhor do que imaginei. Conto daqui a pouquinho. Antes, da saudação oficial de boas vindas marcada para as 12:00 horas eu encontrei pelas ruas, amigas do Piauí, MG e TO que fiz durante a viagem e tivemos a sorte de encontrar um professor da Universidad de Salamanca que saiu com a gente pelas ruas nos dando uma aula de história de alguns prédios e monumentos do centro histórico da cidade. 

Nos falou de curiosidades e de pessoas importantes.
 Foi massa!  
12:00 horas tive que ir para da saudação oficial de boas vindas aos alunos com a Vice-Reitora de Internacionalização e toda equipe Directivo de Cursos Internacionales, Director del Centro de Estudios Brasilenõs y Director Coordinador de Universidades de Castilla y León del Banco Santander. Lá no Edificio Histórico de la Universidad além da saudação oficial pude me contagiar com as salas de aulas e seus móveis ainda preservados onde aconteciam as aulas com os mais renomados professores da antiguidade como o Fray Luis de Léon. 

E me deparei com várias portas e janelas do conhecimento!


Não sei porque mas por um momento me senti no filme "O nome da Rosa" de Jean-Jacques Annaud baseado no romance homônimo do crítico literário italiano Umberto Eco.


Para as 19:00 horas estava marcada no Salón de Actos del Edifício de San Boal a entrega dos resultados da prova de classificação e os horários das aulas e suas respectivas salas. Como tinha dito anteriormente minha classificação não foi tão desastrosa quanto eu esperava. Para quem estava se preparando para o nível básico eu fiquei surpreso ao me colocarem em um nível intermediário. Bom? Sei não. Sinal que tenho que estudar mais para acompanhar a turma. Tô lascado!  Finalizado o evento voltei para o dormitório para jantar e descansar para a primeira aula de amanhã.


DIA 12 DE AGOSTO (TERÇA)  Tenho tido problemas para dormir. Percebi que tenho grande sensibilidade com o fuso horário local. Então acabei indo para a primeira aula quebrado de sono, mas muito empenhado. Depois da aula eu fui tentar tirar umas fotos. Foi aí que descobri que não levei a bateria da máquina fotográfica, resultado do descanso contido. Então fui direto para o dormitório almoçar e aproveitar para dormir a tarde toda. Queria aproveitar ainda o tempo para andar um pouco pela cidade e conhecer lugares ainda não visitados. Mas antes me dei ao luxo de relaxar na banheira pra ver se melhorava o estado físico e mental. (risos) Nossa! Pensei que estivesse no céu!


 Até tive a inspiração de criar o minha primeira "película" internacional, batizada de "CAIPIRA OSTENTAÇÃO - Descubriendo Salamanca - España." Sem pretensão alguma foi só uma forma de registrar aquele maravilhoso momento e brincar com a câmera. Gostei do resultado. Ficou assim um curta de gênero suspense relaxante. Podem conferir aqui ó! 

 
CAIPIRA OSTENTAÇÃO - Descubriendo Salamanca - España
Trilha sonora: Guitarra espanhola e Rafael de Dios
Direção: Du Machado
Produção: Du Machado
Roteiro: Sem roteiro
Elenco: Du Machado
Gênero: Suspense relaxante.

Pois bem, depois dessa produção artística e desse banho relaxante fui jantar e aproveitar um pouco a noite para dar uma caminhada. 


Acabei me encontrando novamente na Plaza Mayor com muitas pessoas e grupos de artistas tradicionais tocando e cantando de forma cênica muitas músicas e cantigas que eu nunca havia ouvido e outras bem conhecidas com versões lindas com os rítmos típicos da espanha. 

 
Muito legal ver as pessoas se divertido com a música e com a encenação das canções. Vendo turistas animados com a função e a população local participando.


Foi muito bom. Voltei pra casa revigorado. Tratei de concluir minhas obrigações acadêmicas para o dia seguinte e fui dormir.

DIA 13 DE AGOSTO (QUARTA). Mal cheguei na sala de aula e já estava com o pé todo arrebentado por um sapato novo e ainda com sono por não ter dormido bem novamente. Com as aulas foi tudo bem. Fiz amizade com um grupo de estudantes de Hong Kong muito simpáticos e um tanto divertidos com seu jeito típico. Ainda me apelidaram de Johnny Depp. Uma honra ser comparado com tal artista. Devo ter alguma semelhança. Quem sabe um dia a conta bancária também possa sofrer considerável semelhança e me dar condições de viajar ainda mais. No caminho de volta passei pela Plaza Mayor para tomar sol e "sacar" uma fotos.

Foto: Colega de Hong Kong que não me lembro o nome.
 


Depois fui direto pra "casa" tirar o sapato assassino, almoçar e descansar um pouco para mais tarde caminhar novamente em torno do Rio Tomes e conhecer a outra ponte ou Poente Nuevo ou Puente de Enrique Estevan. 

 Puente de Enrique Estevan.
Ela começou a ser construída em 1902 e após inúmeras interrupções foi inaugurada em 1913.


Ela começou a ser construída em 1902 e após inúmeras interrupções foi inaugurada em 1913. A sua função principal foi substituir a Puente Romano. Graças aos esforços do vereador Enrique Estevan Santos foi planejado e decidido construirem a ponte paralela a existente. Paralela mas nem tão perto.
É uma centenária ponte metálica, que possui seis arcos de 43 metros. Cada um suspenso por grossos pilares de granito.


Continuei o passeio tentando fotografar paisagens de todos os tipos


 Tendo sempre como referência para o caminho de volta a direção da Plaza Mayor e as Catedrais Velha e Nova que tem sido a bússola de qualquer pessoa que anda por Salamanca.


 Voltando pra "casa" passei pela Rúa Mayor e entrei numa doceria pra comprar uns doces típicos daqui, recheados com chocolate e caramelo que agora não me recordo o nome. Mas procurar saber pra registrar aqui, porque é muito gostoso. Quem vir a Salamanca tem que experimentar esses doces. Maravilhosos. Bem, há muitos. Por enquanto experimentei só esses.